domingo, outubro 01, 2006

 

 

Storm Rider II

Na ressaca de uma tarde de bricolage - pela primeira vez na vida remendei alguns dings que a minha prancha apresentava, e não se pode dizer que tenham ficado muito maus!!! - sentei-me na cadeira em frente ao ecrã deste computador e puz-me a ler novamente o blog anterior e os respectivos comentários... foi nesse contexto que voltei a ligar-me ao url do antigo Surf, Sopas e Descanso e quase de imediato me puz a ler um antigo post que por lá andava abandonado vai para dois anos e tal...

Depois de o ler conclui que não havia melhor exemplo que esse mesmo post, para aquilo que havia escrito ainda há dois dias acerca da idade do SSD e como a minha vida havia mudado desde o primeiro post no dia 2 de Fevereiro de 2004.

Neste sentido, aqui deixo o post:

« STORM RIDER - 20 de Agosto de 2004

escrevendo ao sabor das melodias de: Velvet Revolver - You Got No Right...

Há três anos quando ainda me esforçava por acabar o secundário, tinha em mente a continuação dos meus estudos, não onde efectivamente hoje me encontro (Universidade de Évora) mas antes, na Escola Naval - estabelecimento de ensino superior militar. Porquê? Porque adoro o mar, sempre gostei da Marinha e um aliciante enorme me chamava, talvez o mais forte - fazer uma viagem no Navio Escola Sagres!

Pois é... sempre foi um sonho antigo, acho que mais antigo do que o meu amor pelo surf, um dia poder embarcar num destes veleiros enormes, de quatro mastros e velas enormes, fazer parte da tripulação e passar uma boa temporada a viajar por esses oceanos imensos, olhando sol pôr-se e nascer no mar.

Ocorreu-me este post, pois há pouco estava eu a fazer zapping e no canal Travel da Cabovisão, estava a passar um programa sobre uma expedição num deste veleiros. À excepção do capitão do navio, toda a tripulação fora recrutada especificamente para a realização deste programa - pessoas comuns, com as suas profissões, com as suas familias e com pouca ou nenhuma experiência de navegação. Para alguns, no entanto, este era um sonho antigo, para outros, ao que parece, fora apenas uma oportunidade de participar em algo novo, numa experiência sui generis que dificilmente imaginariam possivel em suas vidas. De nacionalidades diferente, homens e mulheres, com as mais variadas profissões e idades não tinham como quotidiano o lazer, mas sim, as tarefas básicas incumbidas ao estatuto de tripulação: desfraldar/recolher velas, manutenção e reparação dos mastros e outras estruturas do navio, limpeza do convés, confecção das refeições, etc. Seguramente uma experiência única, que muitos resolveriam mais tarde prolongar para além do tempo util do programa. Alguém disse a certa altura: "Passamos tanto tempo no mar, olhamos para todos os lados e só vimos mar à nossa volta, que por vezes começamos a perguntar se existirá terra algures? É aqui que perguntamos o porquê de este planeta se chamar Terra e não Oceano!", isto ou algo parecido a isto, o que deve ser pragmático do sentimento que se deve ter em tal situação.


Isto tudo, porque a meio, eu próprio me perguntei: "E se me pergutassem a mim, se queria participar, estar um ano e meio longe da minha familia, dos meus amigos, dos estudos, um ano e meio no mar, num veleiro que daria a volta ao mundo?". Quase instântaneamente respondi à minha própria pergunta - SIM. Porque perder um ano e meio de Universidade, com todas as possibilidades intactas de retomar os estudos sem qualquer prejuizo, não se compara, certamente, com uma experiência pessoal tão enriquecedora como esta de passar ano e meio no mar dando a volta ao mundo! Partir para longe dos nossos amigos, dos nossos pais, da nossa terra, é certamente algo um pouco dificil ao principio, mas com o tempo tornar-se-ia um hábito fácil de lidar.


Não tenho medo em referir que não pensava duas vezes, iria certamente com todo o gosto... não seria uma decisão dificil certamente, pelo menos tendo em conta a vida que tenho hoje em dia. Afinal de contas... seria um sonho antigo, tornado realidade!


Mas... e se fosse daqui a cinco anos? Certamente que a minha vida nada terá a ver com o que é hoje - provavelmente já estou no mercado de trabalho, se calhar até já nem vivo em Évora, se calhar terei namorada (o que não acontece de momento o que torna tudo muito mais fácil)... tudo seria diferente. Seria a decisão assim tão fácil de tomar nessa altura? Como não sou bruxo, não posso responder a tal questão. Mas suspeito que a decisão poderia ser a mesma, com maior dose de ponderação, mas provavelmente seria a mesma... era bom sinal!
»

Despois de lido este post, muita coisa salta à vista.
Não passaram cinco anos... não foram necessários tantos anos. Bastaram dois e dois meses para que muito mudasse. A decisão na qual se centra todo o artigo, certamente teria novas e fundamentais variáveis que alterariam por certo o resultado final.
De facto hoje namoro... e hoje um ano e meio parado sem estudar, quase no fim do meu curso e com o famigerado Processo de Bolonha a aterrorizar os estudantes do velho sistema, congelar a matricula da Universidade nestas condições não seria certamente a melhor decisão.

Dois anos e dois meses passados, muita coisa mudou ao ponto de pôr em causa uma decisão que certamente tomaria sem pestanejar, não há muito tempo atrás. Hoje muito teria de ser ponderado. Mas tou em crer que se a oportunidade fosse única, a única variável deveras relevante no fim das contas, seria a minha cara metade e o impacto de teria uma decisão destas na nossa relação... sim, porque caso houvesse a oportunidade de levar um acompanhante ela seria a pessoa escolhida na certa!

Por lapso, o sonho de que vos falei no artigo Storm Rider - de viajar pelos 7 mares num veleiro de 4 mastros - não continha uma fundamental e decisiva parte: o de o fazer acompanhado pela mulher da minha vida... e hoje, hoje que vos falo, já a encontrei.

Hipoteticamente falando... Amor, queres vir comigo?!
Comments:
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